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domingo, 31 de julho de 2011

Nunca é tarde para começar o BALLET

Estou velha para entrar no Ballet Clássico?

Você sempre sonhou em ter aulas de ballet, mas agora sente que é tarde demais? Você sente que está velho demais para entrar em um collant e usar sapatilhas de ballet? Apesar de bailarinas profissionais começarem bem novinhas, nunca é tarde para aprender ballet. Aulas de Ballet Adulto é uma forma divertida de modelar o seu corpo enquanto aprende as técnicas fundamentais de ballet.
O ballet adulto oferece aulas para todas as faixas etárias, desde jovens a idosos. Se você nunca dançou antes, uma classe de iniciantes seria perfeita para você. As turmas começam com os primeiros passos de ballet, então não há razão para ficar intimidado. Se você é um ex-dançarino e deseja retornar ao balé, após vários anos, será colocado em uma classe, dependendo do seu nível de aptidão e de habilidades.
Aula de ballet adulto raramente impõe uma vestimenta. Se você se sentir desconfortável vestindo calças e um collant, basta usar uma blusa baby-look e calças de moletom. Certifique-se de usar algo que lhe permite circular livremente. Antes de comprar sapatilhas de balé, pergunte ao seu professor que tipo ele prefere. As sapatilhas são normalmente feitas de uma lona ou couro. Dependendo do chão da sala de aula, um material pode ser preferível à outro.
Aulas de ballet para adultos são geralmente estruturadas da mesma forma das aulas para bailarinos mais jovens. A aula durar cerca de uma hora, às vezes um pouco mais, começará no barra para aquecer, em seguida, o centro com movimentos maiores. Lembre-se que nossos corpos tendem a mudar à medida que envelhecemos, por isso não espere atingir uma participação perfeita. Para evitar lesões, alongamento deve ser feito com freqüência e aquecer antes da aula começar. Concentre-se em boa forma, mas não muito estresse sobre a técnica. Objetivo é cuidar do seu corpo e acima de tudo, se divertir.
As aulas de ballet para adultos são boas para o seu corpo, bem como a sua mente. Além de promover o condicionamento cardiovascular e uma boa postura, o ballet é muito agradável para pessoas de todas as idades. Siga sua paixão e experimente uma aula de ballet.

Como eu sempre digo: a arte não tem idade!



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sobre o espacate

Espacate é um movimento ginástico que consiste em abrir as pernas de modo que estas formem um ângulo de 180º e fiquem paralelas ao solo.
O movimento em si trata do alongar das pernas, algo que nem todos conseguem fazê-lo, pois os membros inferiores possuem uma camada óssea e uma musculatura mais densas. Em decorrência disso, a prática desta abertura necessita ser diária, a fim de não perder a capacidade desta realização, em vista da eventual e natural perda da flexibilidade corporal. O espacate começa a ser ensinado desde cedo ainda na infância nas aulas de ginástica (quando voltado para ela), pois trata-se do momento em que o corpo está em formação e por isso, tendendo a ser mais facilmente "moldável".
Este movimento é também presente nas artes marciais, na dança , na preparação para os esportes em geral e em formas de meditação e relaxamento. Para realizar um espacate, é necessário treinamento contínuo, repetitivo e gradual. Alonga-se uma perna por vez, até chegar a abertura total ou parcial (próxima aos 180º).


domingo, 3 de julho de 2011

Sapatilhas de ponta

ATENÇÃO!Não são todos que devem dançar na ponta! A decisão para começar o trabalho da ponta deve ser feita somente por um professor hábil e conhecedor do ballet. Os estudantes que sobem na ponta antes de estarem fisicamente preparados correm um grande risco, construindo maus hábitos que podem levar anos para serem corrigidos. Mais sério ainda é o potencial para ferimentos ou os danos permanentes à estrutura dos ossos ou dos músculos dos pés, além do grande desapontamento em vista do pouco progresso alcançado.
Observações - é importante que estudantes e pais compreendam que as orientações listadas acima são exigências de idade e técnica que nem sempre são seguidas por todos os professores, afinal, há diferentes critérios para se iniciar o trabalho em pontas. Apesar disso, considerar esses aspectos é sempre importante. É tudo uma questão de tempo, basta aguardar um pouco!

Posição dos pés e das pernas

O ballet foi baseado na concepção de que ao virar os pés e as pernas pra os lados externos do corpo, isto é, para fora, não somente se conseguia atingir mais estabilidade e maior facilidade na movimentação, como também maior beleza de linhas. Essa concepção é chamada de en dehors (para fora), o que é adquirido lentamente sem ser forçado. Porém, este movimento antinatural deve se tornar para um bailarino uma segunda natureza. Portanto, no ballet, o princípio básico mais importante é o de aprender a virar as pernas, que em sua posição normal estão para a frente, para os lados, com a ponta dos pés para fora, os calcanhares para dentro, os joelhos e as coxas acompanhando as pontas dos pés.
É importante adquirir a facilidade de virar as pernas en dehors a partir da coxa até o pé, sem a ajuda dos quadris e do corpo. Porém, não é recomendável forçar demais os principiantes para evitar defeitos posteriores nos pés e nos joelhos. Para tudo isso, porém, é também necessário uma boa colocação dos pés, que devem estar relaxados e com o peso do corpo bem distribuído (sem deixá-los cair nem para um lado nem para o outro). Distribui-se o peso do corpo em cima do pé tomando como ponto de apoio o seu meio. Além disso, quando no ar, o pé deve estar extremamente esticado, sendo que as pontas dos dedos vão para baixo forçando assim o calcanhar para fora (frente).

Finalmente, com todos esses conceitos, podemos executar corretamente as cinco posições, criadas por Pierre Beauchamps no século XVII. Cada passo é iniciado e terminado em uma, assim como são utilizadas nas passagens de movimentos.

· 1ª posição: Os pés devem estar unidos e virados para fora e os calcanhares juntos, formando uma linha reta. Não esqueça, toda a perna deve rodar para fora, e não apenas o pé. É possível, no início do aprendizado, afastar um pouco os calcanhares, uns dois ou três dedos um do outro, devido à dificuldade existente em encostar as panturrilhas uma na outra (válido também para quem tem perna em X). Não deixe seu pé cair para dentro.
· 2ª posição: Mesma "forma" da primeira posição, mas com os pés afastados. Ela tem o tamanho de um degagé à la seconde, e essa distância não deve ser aumentada para facilitar o encaixe do quadril durante o plié (para alongar o quadríceps e o tendão de Aquiles). Assente no chão toda a superfície do pé, não deixe pender para nenhum dos lados. Não se esqueça de, na hora do plié, manter sempre os joelhos para fora e o quadril encaixado.
· 3ª posição: Cruze um pé até o meio em frente ao outro. O princípio é o mesmo: corpo para cima, pernas viradas para fora, peso sobre as duas pernas, sem deixar o pé ceder para algum lado.
· 4ª posição: Partindo da terceira posição, faça um degagé devant, assente o calcanhar no chão e obtenha assim a quarta posição. É a posição mais difícil, pois um pé fica exatamente na frente do outro, o que dificulta conservar o en dehors.
· 5ª posição: É a mais fechada das posições. Um pé fica totalmente colocado à frente do outro, porém não se deve deixar apoiar o calcanhar nos dedos do outro pé.
· 6ª posição: É uma posição inventada por certas academias, onde os pés ficam paralelos e fechados um do lado do outro. Serve para facilitar o aprendizado, mas não leva nenhum dos princípios das posições anteriores

Quem é Ana Botafogo

A história de uma carreira de sucesso desenhada na ponta dos pés.

Ana Botafogo, primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro desde 1981, ano que ingressou na importante companhia de dança brasileira após ser aprovada num concurso público, é dona de uma carreira repleta de conquistas importantes.


Apesar de nunca ter imaginado que sua estrela brilharia tanto, Ana afirma que a dança sempre foi a coisa mais importante em sua vida. Sua seriedade e comprometimento com a profissão a levaram a superar todo o tipo de obstáculos. Com seu carisma, a bailarina contagia seu público e inspira jovens bailarinas do país inteiro quando enche o palco com sua dança e magia.

Ana Botafogo iniciou seus estudos de ballet clássico ainda pequena em sua cidade natal, mas foi no exterior que ela complementou sua formação. Na Europa freqüentou a Academia Goubé na Sala Pleyel, em Paris (França), a Academia Internacional de Dança Rosella Hightower, em Cannes (França) e o Dance Center-Covent Garden, em Londres (Inglaterra).

Foi na França, mais precisamente na Ballet de Marseille, do famoso coreógrafo Roland Petit, que a bailarina brasileira dançou como profissional pela primeira vez. Suas performances no exterior incluem participações em festivais em Lausanne (Suíça), Veneza (Itália), Havana (Cuba) e na Gala Iberoamericana de La Danza, representando o Brasil, no espetáculo dirigido por Alicia Alonso, em Madrid (Espanha), realizado em comemoração aos 500 Anos do Descobrimento das Américas.

De volta ao Brasil no final da década de 70, a bailarina ainda muito jovem, foi nomeada Bailarina Principal do Teatro Guaíra (Curitiba-PR), da Associação de Ballet do Rio de Janeiro e, em 1981 juntou-se ao balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Ao longo de sua carreira, Ana Botafogo já interpretou os papéis principais de todos as mais importantes obras do repertório da dança clássica. Destacam-se suas performances em produções completas como Coppélia, O Quebra Nozes, Giselle, Romeu e Julieta, Don Quixote, La Fille Mal Gardée, O Lago dos Cisnes, Floresta Amazônica, A Bela Adormecida, Zorba o Grego, A Megera Domada e Eugene Onegin. A bailarina também levou para diversas capitais brasileiras os espetáculos ''Ana Botafogo In Concert'' e ''Três Momentos do Amor''.

Em 1995, na qualidade de ''étoille'' convidada da Companhia de Opera Lodz (Polônia), interpretou o papel feminino do Ballet Zorba, O Grego, dançando em várias cidades do Brasil.

Ana dançou como artista convidada de importantes Companhias de Ballet, tais como: Saddler’s Wells Royal Ballet (Inglaterra), Ballet Nacional de Cuba (Cuba), Ballet del Opera di Roma (Itália), entre outras.
Entre seus partners internacionais estão os mais expressivos nomes da dança mundial como Fernando Bujones, Julio Bocca, David Wall, Desmond Kelly, Cyril Athanassof, Alexander Godunov, Richard Cragun, Jean-Yves Lormeau, Lazaro Carreño, Tetsuya Kumakawa, Yuri Klevtsov, José Manuel Carreño e Slawomir Wozniak.

Mas suas sapatilhas conquistaram muito mais que calorosos aplausos ao redor do Brasil e do mundo. A bailarina foi presenteada pelo Governo dos Estados Unidos da América do Norte, por intermédio Comissão Fulbright e do Governo da Inglaterra, com bolsas de estudo para aperfeiçoamento da dança.

Entre os muitos títulos que recebeu do governo do Rio de Janeiro estão o de Embaixatriz da Cidade do Rio de Janeiro e o de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro. O Ministro da Cultura da República Francesa nomeou-a em 1997 ''Chevalier Dans L'Ordre des Arts et des Lettres'' e em 1999, o Ministério da Cultura do Brasil outorgou-lhe o Troféu Mambembe referente ao ano de 1998, pelo reconhecimento ao conjunto do trabalho e divulgação da dança em todo o território nacional. Em dezembro de 2002 recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do Mérito Cultural, na classe de Comendadora, por ter se distinguido por suas relevantes contribuições prestadas à cultura no país,e em agosto de 2004 recebeu a Medalha de Mérito Pedro Ernestro da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Ana Botafogo é considerada, tanto pelo público como pela crítica, uma das mais importantes bailarinas brasileiras por sua técnica, versatilidade e arte.



sábado, 2 de julho de 2011

As primeiras apresentações de ballet

As primeiras apresentações de Ballet aconteceram no Renascimento Italiano, eram umas coreografias que eles intercalavam com os números de ópera para entreter os convidados.
Estes espetáculos uniam pintura, poesia, música e dança feitos em grandes salas que eram usadas também para banquetes e bailes.
Uma dança feita em 1489 realmente foi realizada especialmente para o banquete, e a ação foi estreitamente relacionado com o menu.
Le Ballet Comique de la Reine (The Queen’s Ballet Comédia), o primeiro balé realizado em Paris em 1581. Foi encenada por Balthazar de Beaujoyeux, um violinista e bailarino no castelo da Rainha Catarina de Medicis. Foi dançado por amadores aristocratas em uma sala com a família real, com um trono em uma extremidade e espectadores nas galerias em três lados, como  um teatro  de arena.
O palco foi adotado na França em meados da década de 1600, e dançarinos profissionais fizeram sua primeira aparição para o rei e cortesãos.
O balé atingiu o seu auge durante o reinado (1643-1715) de Louis XIV, cujo título o Sun King ( O Rei Sol).
Muitos dos ballets apresentados em sua corte foram criados pelo compositor francês Jean-Baptiste Lully e do coreógrafo francês Pierre Beauchamp, que inventou as cinco posições dos pés.
Também durante este tempo, o dramaturgo Moliere escreveu, die-ballet, em que dançou coreografias alternadas com cenas faladas.